José Saramago: Voltar aos passos que foram dados
Centenário de José Saramago em Torres Vedras
No final de Viagem a Portugal, José Saramago diz-nos: “É preciso voltar aos passos que foram dados, para repetir e para traçar caminhos novos ao lado deles. É preciso recomeçar a viagem. Sempre. O viajante volta já”.
Como forma de celebrar o Centenário de José Saramago, o Académico de Torres Vedras – ATV, em parceria com a Biblioteca Municipal de Torres Vedras (BMTV), tem o prazer de apresentar a programação a decorrer no Fórum das Associações de Torres Vedras (Tv. do Quebra-Costas, 9 - 2560-319 Torres Vedras), durante o mês de abril de 2022.
PROGRAMAÇÃO
22 de abril – Inauguração da Exposição “Voltar aos passos que foram dados”
19H00
Com seleção e composição de textos de Carlos Reis e Fernanda Costa, design de André Letria, disponibilizada pela Fundação José Saramago, exposição “Voltar aos passos que foram dados” faz uma “viagem” pela biografia literária de José Saramago. Deduz-se daí uma “narrativa” que nos leva a encontrar ou a reencontrar, em formato expositivo, as obras e o legado cultural e cívico de um grande escritor.
A exposição é constituída por um conjunto de painéis concebidos em função do trajeto pessoal e literário de José Saramago. Trata-se de uma “viagem” orientada para a leitura e releitura de Saramago.
25 a 30 de abril – Exposição aberta ao público
14h00 às 18h00
30 de abril – Encerramento
15H00 – Sessão da Comunidade de Leitores da Biblioteca Municipal de Torres Vedras (BMTV).
Dinamizador: Miguel Real
Após a comunidade de leitores “Quintas com Livros”, da BMTV, ler “O ano da morte de Ricardo Reis”, de José Saramago, teremos esta sessão dinamizada por Miguel Real, cujo diálogo com o público assentará, também, no seu livro “Pessoa e Saramago”, recentemente editado.
Inscrição obrigatória - até 30 participantes
Mais informações | Contactos
telf. 261 320 747
21H00 – Exibição do filme “O ano da morte de Ricardo Reis” (2020) de João Botelho.
“Fernando Pessoa, um dos maiores escritores da língua portuguesa estabeleceu um gigantesco universo paralelo criando uma série de heterónimos para sobreviver à sua solidão de génio. José Saramago, prémio Nobel da literatura em 1998, fez regressar o heterónimo Ricardo Reis a Portugal, ao fim de 16 anos de exílio no Brasil. 1936 é o ano de todos os perigos, do fascismo de Mussolini, do Nazismo de Hitler, da terrível guerra civil espanhola e do Estado Novo em Portugal, de Salazar. Fernando Pessoa, o criador, encontra Ricardo Reis, a criatura. Duas mulheres, Lídia e Marcenda são as paixões carnais e impossíveis de Ricardo Reis. “Vida e Morte é tudo um”, permite a literatura e o cinema também. Realismo fantástico.”
(João Botelho)