No último Saltos de Saber(es), a 16 de Junho,abriu-se a derradeira cortina sobre um dois mais antigos mistérios daHumanidade. Afinal, o que é o espírito que tanto tem intrigado cientistas, filósofos e cada um de nós, ao longo de séculos e séculos? Como é que a Ciência responde a esta questão? Primeiro, há que perceber que a Ciência não é toda igual e uma coisa é a ciência académica eoutra a ciência enquanto corpo de conhecimento. Só a conciliação entre as duas permite abordar um tema tão complexo como a natureza e evolução do espírito.
Custará a perceber a estranheza que alguns manifestam quando se explica que os espíritos desencarnados (sem corpo) se podem comunicar, dentro de certas circunstâncias,através de alguém com uma sensibilidade aumentada, ou seja, através de um médium, com maior ou menor clareza. Hoje, a Ciência mostra que, a qualquer momento, o espaço à nossa volta é percorrido por energias que não detetamos eque normalmente ignoramos. O exemplo mais ilustrativo é o de um simples aparelho de rádio, mas nem só de ondas hertzianas se faz o mundo energético pulsante que nos rodeia e que já conseguimos captar com alguns aparelhos.
Há também os raios-x,os infravermelhos, os ultravioleta, ultra-sons, raios cósmicos variados, etc.
Cada um de nós é um espírito a viver uma aventura num corpo. Os espíritos são compostos por duas naturezas: o princípio inteligente (imaterial e não definível segundo os nossos referenciais); e a matéria, quintessenciada ou fluídica. Ao princípio inteligente individualizado podemos dar o nome de espírito, e àporção material chama-se perispírito ou, como a ciência académica tem chamado,campo biomórfico, de ressonância ou bioplasmático. Com a ajuda de cebolas, matrioskas, de vivências ricas de cada um dos participantes e de trabalhos científicos muitos variados desde a Biologia, Física, Neurologia até à Inteligência Artificial, percebemos como evoluem os espíritos e as evidências da sua existência (aindaque seja um paradoxo termos de provar a nós mesmos o que já somos). Falámos ainda de cientistas como Rupert Sheldrake, Harold de Saxton Bur, Hernâni Guimarães Andrade, Julio Peres, Sérgio Oliveira, William Tiller, Einstein, Richard Broughton, entre muitos outros que foram mencionados pelas suas investigaçõesao nível dos modelos científicos que explicam a interação corpo-espírito, acomunicação entre espíritos, a experiências de quase morte e a reencarnação. Abordámostemas como os sonhos cognitivos e precognitivos ou a investigação mais recenteque, em Portugal, está bem representada pela Fundação Bial, dá as evidências eexplicações possíveis para nos ajudar a compreender o que é o espírito, ouseja, o que somos.
Em suma, metemos a mão na massa e percebemos o que realmente está em causa quando se fala da união entre ciência e espiritualidade; essa união sempre existiu e só pré-conceitos e vaidade sintelectuais saídos da Revolução científica e do positivismo do século XIX quebrou.
O projeto de divulgação científica Saltos deSaber(es) vai de férias e regressa em Setembro com o tema “Eu, Karma e Consciência”.A Neurologia vai estar em destaque depois do Verão.